domingo, 30 de agosto de 2009

desequilíbrio;

Paft’ – tanto esforço pra me segurar, pra quê? Nada. Caí. Não me dei conta do que estava acontecendo com a gritaria do motorista do Ônibus que eu estava discutindo com o motorista de uma Van, onde levava estudantes de jardim de infância. Quando me dei conta de que estava simplesmente sentada no colo de alguém. Será que todo o desequilíbrio humano do mundo tem que ser concentrado apenas em mim? Não haveria alguns quinhentos mil indivíduos pra dividir o desequilíbrio? Poderia haver. Com toda certeza meu rosto estava completamente corado, roxo de vergonha, com a cena que se passava, tentei não pensar o pior, o que ele poderia estar pensando? Levantei.
- desculpe! Desculpe! Desculpe!
Agora sim, eu poderia pular de um penhasco talvez, seria menos humilhante, do que uma pessoa não conseguir se equilibrar em suas próprias pernas.
- tudo bem, não foi nada.
Disse a voz maravilhosa na minha frente enquanto eu me endireitava e arrumava meu cabelo. Quando parei para prestar atenção no que se passava, ele estava lá sentado, todo lindo. Nem sei porque eu me dei ao trabalho de gravar aquele rosto, que eu jamais tinha visto. E foi a única coisa estúpida que eu disse, desculpe.


continua...

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